quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Boa Vista, Roraima!


9h de voo pra Boa Vista

Fizemos uma apresentação lá em Macapá, na 47° Expoferia, e fomos direto pro aeroporto. Saimos às 23h 20 e chegamos 12h30 e pouco: o destino era Boa Vista, Roraima! Foi muito tempo no avião e esperando Godot (rs) em Brasília, mas valeu a pena demais.



Essa parada no cabelo do Otto é um assessório feito pelo povo Wai-Wai, de Roraima

A cidade é quente, bonitinha, -eu entrei na pira, não sei pq diabos, de que é- misteriosa e com muita energia virgem. Encontramos a galera bacana do Canoa Cultural, coletivo local que produziu o palco onde rolariam os shows que participaria de um evento maior, que era a Feira do Empreendedor Sebrae.


Show diverto, público animado e carinhoso

Passamos o som de tarde e depois fomos dar um olho na feira. Tinha altos produtos sendo vendidos, inclusive assessórios indígenas. Falei pro Otto descolar um lance desses de cabelo pra usar no show e ele comprou, uso e não larga mais, rs - olha a foto ai acima. Este artefato é do povo Wai-Wai, o qual é composto por diversas tribos e muitas delas nunca tiveram contato com o "homem" branco.
Sady dando uma de hippie

O show foi delícia, o povo dnçou e tudoa. Quando descemos veio uma galera falar conosco, ganhamos até mandalas! Bom demais.
Nosso próximo destino é Manaus, Amazonas. Vamos participar do Festival Até o Tucupi, produzido pelo Coletivo Difusão. São 12h de viagem de ônibus. Agora pense que quando eu, helu e ppeu chegamos na rodoviária o figura da empresa tinha errado a data da nossa passagem e o otto e sady ja tinha viajado em outro busão...rs.

As unhas pintadas com base, do Alexandre

Amanhã, a gente vara pra lá. Fim do mês ainda tem o Varadouro no Acre!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mais um passo

Plano Nacional de Cultura é aprovado.

Projeto de lei foi aprovado por unanimidade no Senado e agora segue para
sanção presidencial

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal aprovou nesta
terça-feira, 9 de novembro, por unanimidade, o projeto de lei (PL) que
sistematiza o Plano Nacional de Cultura (PNC). O texto, em tramitação no
Legislativo desde 2006, é uma construção coletiva dos parlamentares com o
Ministério da Cultura (MinC), com o objetivo de definir as diretrizes da
política cultural pelos próximos 10 anos. O projeto tramita em caráter
terminativo e segue agora para sanção presidencial. Como não houve
alterações no Senado Federal, não será necessário votar novamente na Câmara.

“A aprovação do Plano Nacional de Cultura é uma vitória muito grande,
primeiro, porque institucionaliza os avanços obtidos nos últimos anos pelo
governo federal na área da cultura e, depois, porque garante a continuidade
das políticas culturais no Brasil”, comemora Juca Ferreira, ministro da
Cultura.

O PNC está previsto na Constituição Federal desde a aprovação da emenda
constitucional 48 em 2005 – que instituiu o Plano e seus objetivos – e tem
por finalidade o planejamento e implementação de políticas públicas de longo
prazo voltadas à proteção e promoção da diversidade cultural brasileira. O
PL aprovado traz as diretrizes elaboradas e pactuadas entre Estado e
sociedade, por meio da realização de pesquisas e estudos e de debates e
encontros participativos como a 1ª Conferência Nacional de Cultura, Câmaras
Setoriais, Fóruns e Seminários. Já a o texto foi um trabalho em parceria
entre os Poderes Legislativo e Executivo.

ProCultura em discussão na Câmara

A Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara dos Deputados realiza
também nesta terça, dia 9, a partir das 14h, o Encontro Nacional sobre o
Projeto de Lei 1139/2007, que institui o ProCultura. O objetivo é encerrar
oficialmente o ciclo de debates e sugestões para a relatoria do projeto, que
já recebeu cerca de 2 mil contribuições. O Ministério da Cultura (MinC), em
parceria com a CEC, levou a discussão sobre o Procultura até cidades como
Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. No
total, o MinC foi a 20 estados debater o projeto com a sociedade. Agora, em
Brasília, o texto a ser entregue à deputada Alice Portugal (PC do B-BA),
relatora do Procultura, será finalizado. O público interessado também pode
participar.

O Procultura é uma ferramenta de ampliação de acesso e fomento à cultura no
Brasil, além de contribuir para o desenvolvimento da identidade cultural. De
acordo com pesquisa realizada pelo corpo técnico do MinC e pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 14% da população
brasileira vai regularmente aos cinemas; 96% não frequentam museus; 93%
nunca foram a uma exposição de arte; 78% nunca assistiram a um espetáculo de
dança; e 90% dos municípios do País não possuem cinemas, teatros, museus ou
centros culturais.

O Programa também visa sanar as limitações verificadas na aplicação da Lei
Rouanet, implementada em 1991 e que apresenta distorções. A meta é aprimorar
a destinação dos recursos públicos e estabelecer critérios transparentes e
objetivos no processo de seleção de iniciativas culturais.

Conheça os principais projetos da Cultura em tramitação no Congresso
Nacional

Sistema Nacional de Cultura – A Comissão Especial da Câmara que analisa o
SNC aprovou o substitutivo do relator, deputado federal Rubem Santiago, no
dia 14 de abril. A PEC 416/2005 será votada em dois turnos na Câmara e
seguirá para o Senado. A Proposta de Emenda à Constituição institucionaliza
a cooperação entre a União, os Estados e os Municípios para formular,
fomentar e executar as políticas culturais, de forma compartilhada e
pactuada com a sociedade civil. Saiba mais no Blog do SNC.

PEC 150/2003 – A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 150/2003) foi
aprovada na Comissão Especial e está na Mesa da Câmara para ser votada em
plenário, em dois turnos. Depois será encaminhada ao Senado. A PEC é uma
iniciativa dos mais de 400 deputados e senadores de todos os partidos
integrantes da Frente Parlamentar Mista da Cultura, que estabelece um piso
mínimo de 2% do orçamento federal; 1,5% do orçamento estadual e 1% do
orçamento municipal para a cultura. Conta com o apoio de artistas e
produtores de todo o país.

Vale-Cultura – Primeira política pública voltada para o consumo cultural, o
Vale-Cultura, no valor de R$ 50, possibilitará aos trabalhadores adquirir
ingressos de cinema, teatro, museu, shows, livros, CDs e DVDs, entre outros
produtos culturais. O projeto de lei nº 5798/2009 foi aprovado na Câmara dos
Deputados em outubro do ano passado, com emendas que estenderam o benefício
a servidores públicos federais, a estagiários e também a aposentados, sendo
que para estes o valor é de R$ 30. No Senado, o projeto recebeu duas emendas
que ampliam o leque de serviços e produtos culturais previstos na proposta
do Poder Executivo, incluindo periódicos. As emendas dos senadores foram
aprovadas pelas comissões que analisam a matéria na Câmara. O PL segue para
votação em plenário e, posteriormente, para sanção do presidente da
República. Confira mais detalhes no Blog do Vale-Cultura.

Cultura como Direito Social - Proposta que reconhece a Cultura como direito
social na Constituição Federal (PEC 236/2008), aguarda constituição da
comissão especial que vai analisá-la na Câmara dos Deputados.

Procultura – Após uma ampla e democrática consulta pública, o projeto de
atualização da Lei Rouanet pretende corrigir as distorções na lei atual. As
principais alterações são o fortalecimento e desburocratização do Fundo
Nacional de Cultura, a democratização do acesso à produção cultural e o
estímulo para que o setor privado invista na economia da cultura. A matéria
foi anexada ao PL 1139/2007 e aprovada na Comissão de Desenvolvimento
Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados. Sua tramitação tem
regime de prioridade e caráter conclusivo. Agora será analisada pela
Comissão de Educação e Cultura (CEC), depois segue para apreciação nas
comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de
Cidadania, antes de ir para o Senado.

Fundo Social do Pré-Sal – O PL 5940/09 foi aprovado com emendas no Senado
Federal e retornou à Câmara dos Deputados para apreciação das modificações.
O projeto prevê que uma parte dos recursos arrecadados com a exploração da
camada de petróleo Pré-Sal será destinada à cultura. O Fundo também
beneficiará ações de combate à pobreza, ciência e tecnologia, educação e
meio ambiente.

O anteprojeto que moderniza a Lei de Direito Autoral (Lei 9.610/1998) esteve
em consulta pública. A proposta visa promover o equilíbrio entre o direito
de quem cria, o direito de quem investe e o direito de toda sociedade de ter
acesso à cultura, à informação e ao conhecimento.

O Simples da Cultura foi aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro do ano
passado e tornou-se a Lei 133/2009. Reduz a carga tributária para produções
cinematográficas, artísticas e culturais, corrige uma distorção criada em
dezembro de 2008, quando o setor foi enquadrado de forma inadequada no
chamado Supersimples. A alíquota mínima passa a ser de 6%, em vez de 17,5%.
Dados do IBGE indicam que 5% das empresas brasileiras desempenham atividades
culturais. O setor emprega mais de 1 milhão de pessoas.

(Comunicação Social/MinC)

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Fonte:
http://www.cultura.gov.br/site/2010/11/09/plano-nacional-de-cultura-e...
do/

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

sábado, 7 de agosto de 2010

...Tocava para os mortos e agora toca música adocicada

Comprei um novo-velho orgão! E ainda não paguei todo!

Pra quem gosta de instrumentos vintage, e tem muita gente que curte, um dos mais “doentes” que tenho informação é o Fernando Catatau, o valoroso mestre Arnaldo Baptista, e também vi o tecladista do Burro Morto com um Moog no Festival Fora do Eixo (SP) entre outros. É claro que esses instrumentos são mais caros hoje, e virou “luxo” ter um, e quem tem não se desfaz do equipa, não troca, não empresta e as vezes não deixa nem chegar perto...rsrs...o que é compreensível em partes. Na tour Abril Maio do Mini Box Lunar, aproveitei pra me deleitar nas lojas de instrumentos vintage da Teodoro Sampaio, fui em algumas eletrônicas (sempre há lá no canto da sala uma raridade) e conheci pessoas que possuem algumas dessas jóias, e o mestre Miranda tem alguns synths espalhados nas casas dos amigos em São Paulo, o único que ficou na casa dele é um Korg vintage muito raro!...e ainda não toquei nele...ainda.
Antes de ir para a II Tour Fora do Eixo Nordeste, eu recebi uma benção dos céus! Um amigo que é o melhor eletrônico da cidade – o Sr Wilson! Discípulo de japoneses que atualmente ta construindo um sintetizador pra eu usar no Mini Box Lunar – me dizendo que havia consertado um órgão brasileiro que era da Capela Mortuária do Hospital São Camilo, e que o Padre queria vender pra comprar um portátil para as missas! Parei de fazer tudo e corri pra oficina do Wilson. Cheguei e vi um lindo ITSON (tem um parecido no mercado livre)de 1974 da Casa Bevilacqua (SP) lindo! Tudo funcionando, pedais, slides, teclas, falantes, estrutura de madeira toda conservada, um verdadeiro achado! Não deu em outra! Levei pra casa na mesma hora, chamei um amigo que pegou a pickup do pai e levamos na carroceria à 40 km pra não acordar o “moço” na hora errada.
Aê como sempre o Wilson explicou como funciona tudo, desde os geradores de som até a composição da estrutura de madeira como se a gente entedesse tudo o que ele estava falando! Ele sempre faz questão de explicar do jeito “bob moog” dele, é realmente um figura incrível! Que todos respeitam pelo conhecimento que carrega do mundo eletrônico.
Passamos pelo Poliphonic pra mostrar pro Ppeu e meus pais (pra quem não sabe eu e Ppeu somos irmãos) que soltaram a frase que ainda bem que ta ficando clássica: “tu sempre acha essas coisas velhas e bonitas!” ...e claro que o Ppeu já queria gravar pra sentir o som nos monitores do Studio, porém ficou pro disco do Mini Box. Fui pra casa da Helu mostrar o novo integrante da família, e claro, ela quase cai de tanta emoção...e a primeira música que nasceu dele nas minhas mãos foi a Soda, que vou gravar aqui no Poliphonic pra somar as faixas do cd com o Miranda.
Ele agora ta aqui me olhando como se soltasse frases de agradecimento, do tipo carregada de gratidão, pois ele saiu da capela que tocava musica pra entes que já passaram dessa pra melhor, e o que ele queria mesmo era tocar coisas mais saltitantes, de sol, de amor ao passado/presente/futuro e dos afagos que disparamos todos os dias nele, ele vê os Palafitas entrarem na sala num passar de mão nele, e em todas as reuniões do Núcleo Durável ele está presente, assim como as conversas, tramas, amadurecimento e novas idéias para o cd da banda, cd este que ele o ITSON da Casa Bevilácqua já faz parte. Agora a Harmônica Hering que a Helu comprou na Feira da Benedito Calixto num dia de passeio com a Dani Amerê, Marquinho, Pablo e Mari Soldi, já tem companhia, junto aos irmãos mais novos como o Ensonic ESQ1, o Tokai Tx-5, O Roland W30, Módulo SC880, O "irmão estranho" Theremim TH1, e o velho e charmoso viloão Giannini 1969 que compus Cabine 103, Despertador, A Viola e o Pandeiro, Sessão Vintage, Gregor Samsa, Aceno entre outras do Mini Box Lunar.
...ah é, falta pagar a última parcela dele!Abs!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Pods crer!


Olha que felicidade (!): hoje, na net, encontramos essas artes tão legais que fizeram pra gente! Obrigada, pessoal, a gente curtiu muito muito muito mesmo!

A autora destes é a Hanna Gledyz!



Esse é do Daniel Nec! Visitem: http://www.flickr.com/photos/danielnecro/

Valeu, pessoal!!!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Festival Quebramar 2010

Coletivos Fora do Eixo Norte reunidos
Neste último final de semana, sexta e sábado, ocorreu aqui em Macapá o Festival Quebramar – 3º Edição. Uma experiência fantástica de produção cooperada, através das bandas que integram o Coletivo Palafita. Tivemos alguns problemas no primeiro dia, mas foi extremamente gratificante e inspirador ver como tanta gente empenhou-se e “sustentou junto uma vibe positiva” – como diria Alex Antunes – durante o Festival inteiro.
Show da Mini


Este ano fizemos de segurança à limpeza geral da praça. O trabalho do Palafita de compreender a lógica cooperativa e desenvolvê-lo como uma vivência cotidiana, habitual, pode ser testado nessa edição do evento. De bandas novíssimas, como a Beatle Jorge, a bandas já com alguma estrada, como a SPS12, Profétika e Amaurose, tiveram atuações incríveis durante a produção do evento, e apresentaram um certo nivelamento no que se refere a compreensão desse processo.

Show da Mini


A prova de fogo disso, claro que é comportamental. Como este ano não tivemos muito tempo para reuniões, passar a mensagem sobre as práticas de gestão compartilhada e de trabalho cooperativo ficou a cargo da experiência em tempo real. Neste sentido, o convencimento do outro e, portanto, a difusão dessa forma de trabalho, tinha mesmo de ocorrer da maneira mais eficiente: fazendo de si um exemplo de caso.


O festival


No fim da noite, o público interagia na praça catando o lixo conforme o ensinado, no dia anterior, pelas bandas do Palafita, do Megafônica, Canoa, Esquina, Lumo... Muito lindo! A Mini Box Lunar se sente honrada fazer parte disso também.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Miranda no meio do mundo


Semana passada o Miranda esteve aqui nas terras tucujus, graças ao Itaú Rumos Música 2010. Ele acabou aproveitando para dar uma esticadinha, conhecer um pouco a cidade, mostrar uns sons e, claro, ensaiar conosco.

É, sem dúvida estamos positivamente ansiosos com a gravação do disco! Miranda é bom demais e muito gente boa, divertido que só! Uma música do ensaio foi gravada...vejam ai, digam o que acharam!


As imagens e edição foram feitas pelo Daniel Nec!

sábado, 26 de junho de 2010

Conexão Vivo Belém




Velho, já se passaram alguns dias desde que voltamos de Belém, por isso faço apenas uma nota de como foi lá.
Primeiro, devo dizer que foi muito bom retornar à cidade das Mangueiras, onde há pouco mais de dois anos atrás, iniciamos definitivamente nossa vida enquanto banda, no Festival Se Rasgum de 2008.


Com Fábio Gomes, do blog Som do Norte

O evento aconteceu no pier da Casa das Onze Janelas, no bairro da Cidade Velha. Fomos a primeira banda do primeiro dia. Ainda no backstage encontramos velhos conhecidos, como o querido Blue, e avatares que finalmente se tornaram reais, como foi o caso do jornalista super apaixonado pela cultura nortista, o Fábio Gomes, do Som do Norte.



O show foi bem suave, afinal, nos sentíamos em casa! A cidade é vizinha de Macapá, o clima e a cultura sao extremamente semelhantes, além de que Otto, Ppeu e Sady nasceram lá e, eu e Alexandre, moramos em Belém por um tempo - a Helu sempre passava férias lá também, rs! Bem, só sei que o som tava lindo, o público tava animado (fodas!), tinha até ventinho vindo da beira do rio que passava por baixo das batas que era uma beleza, hehe! E do palco, dava pra ver amigos e vários rostos familiares. Durante o evento pudemos ver (e conhecer) shows super bacanas, como o da Nina Becker e do Romulo Fróes, e rever os meninos Do Amor e Caldo de Piaba.


Na verdade, foram duas apresentações na noite. Depois do Conexão, fizemos o Baile dos Capuletos, festa dos djs do Coletivo Pogobol em parceria com o Coletivo Megafonica ( Ponto Fora do Eixo de Belém), que rolou no bar Palafita. Fomos devidamente fantasiadas tipo anos 20, o pessoal estava devidamente doido, e a festa divertida deveras. Saímos de lá umas 7h da manha, e ainda ficou um gostinho de quero mais...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Cara Trava, o Caramujo

Hotel de festival é a parte dos bastidores onde acontece aquele um milhão de historinhas típicas do universo rocker. Outras não tão constantes assim. Vamos ao cenário: Cult Hotel, Recife-PE. Situação: madrugada do segundo dia do Abril Pro Rock. Personagens: vetado (pero no mucho).

Todo mundo se aproveita de uma porta entreaberta, mesmo que do outro lado tenha um gótico maluco de cueca, igual a um panda de tanta tinta preta escorrendo ao redor dos olhos. O voyer em questão tem opções estranhas, é verdade, mas calham com a dose de disposição de espírito de um integrante da Mini Box Lunar na mesma medida que cabe ao gótico exercitar sua estranheza em frente ao espelho. Enquanto o primeiro corria um risco excitante e deliberado, rindo mudo pelos poros, o outro jogava com as perspectivas de observado e também de observador do voyer pelo espelho. De repente, jogava-se o jogo de olhares tipo aquele descrito por Foucault em As Palavras e as Coisas, na análise sobre Las Meninas, de Velásquez.

O gótico dançava lentamente com as mãos numa posição meio egípcia. Travava no ar e mudava de lado novamente. Até que de súbito flagrou seu observador, não mais pelo espelho, virando rapidinho com as mãos em frente aos olhos como se segurasse um binóculo. O voyer se assustou na primeira vez, mas depois de umas tantas repetições da coreografia egpcio-binóculo-egipcio preferiu se divertir mais um tempinho.

Essa história foi contada no decorrer das estradas umas quinhentas vezes e dela surgiu a coreografia “o cara trava, o caramujo” que você pode conferir nos vídeos dos shows da Mini Box Lunar e do Nevilton nesta 2° Turnê Fora do Eixo Nordeste. É só acessar o You Tube.

sábado, 5 de junho de 2010

Falando, jogando e tocando canções


Comprei um controle novo e falsificado pro Playstation do meu sobrinho, Caio. Ele ganhou um jogo de corrida pirata do avô, que também é o meu pai – óóó. Eu não lembro o nome do jogo, mas posso afirmar com o meu parco conhecimento sobre o assunto que ele é muitíssimo divertido e precisava de dois controles. Tem umas fases que a gente precisa empurrar os carros da pista para aumentar a velocidade do seu carro, mas isso não tem nada a ver com o tema desse texto...

Em partes! Tem a ver um pouquinho. Há uns cinco anos eu zerei o meu primeiro jogo no Playstation, o Alone In The Dark. Esse jogo é incrível e como copiei ele semana passada na locadora, pretendo zerá-lo novamente no meu intervalo de almoço do trampo. Ah, eu gosto mais do que do Resident Evil e gosto na mesma medida do Silent Hill, que nunca cheguei a zerar. Mas isso também não importa para o momento.



Importa dizer que o jogo do Pokemon – um que é tipo umas Olimpíadas de provas fofinhas – é muito mais legal que o Mário Kart. Só que Mário Kart tem os valores agregados de todos os Mário’s que já pintaram. O meu primeiro foi o do Dynavision. Super facinho e chatinho. Eu mesma zerei várias vezes. Mas os mais legais eu joguei nuns Nitendo de amigos. Na época, eu fazia informática e esse era o brinquedo novo. O engraçado é que eu sei de informática tanto quanto sei de videogames: pouco.




E, claro, respeitando, a autoridade dos Mário’s, eu escolhi o Kart, pra jogar contra a Bianca Jordão no programa Combo Fala+Joga da PlayTv. Foi muitíssimo divertido. Ganhei dela algumas vezes e ela nem ligou. Mas o mais importante é que eu continuei falando. O mesmo não aconteceu com o Sady - que titubeia quando faz uma coisa de cada vez, imagine duas juntas - e o Ppeu que só foi pra jogar, claro que venceu todas as partidas. Ele passou a viagem inteira com abstinência de game e só conseguiu largar o controle com a intervenção da pistola de choque do segurança da emissora. Mentira!

A equipe nos recebeu muito bem e tinha até um camarada que já morou na terra natal do Otto, como ele contou no post Assim, Macapá fica perto... Encontramos também Rodrigo Lariú, do selo Midsummer Madness e que esteve em Macapá na I Semana de Música do Coletivo Palafita. Bianca é super doce e a conhecemos no Goiânia Noize. Foi super legal!



Os jogos que Sady, Ppeu e os outros escolheram, a performance da Mini Box Lunar e de Bianca Jordão no game, dentre otras cositas, poderão ser curtidas no Combo: Fala+Joga que vai ao ar no dia 11/06- Sexta-feira, às 22:00hs pela Play Tv - canal 86 da Sky, 13 da Net Brasília, 30 da TV Oi Belo Horizonte e 430 do DTH da Oi. Além disso, pode ser vista gratuitamente, por streaming e on demand, pelo site www.playtv.com.br. A repitota sai Sábado (12/06) às 06:30hs / 12:00hs / 17:00hs.

Por Helu Quintas

terça-feira, 1 de junho de 2010

Swinging rendez-vous!!!


Já cheguei a esquecer meu próprio aniversário, lembro. Nunca tive muita noção do tempo, quase sempre me vejo perdida do dia/data/hora das coisas. De vez em quando rola uns papos desses com a gente, parece.

Certa vez, durante a II Tour Fora do Eixo NE, estávamos numa manhãzinha quente na cidade de Vitória da Conquista-BA, quando não mais que de repente mademoiselle Heluana Quintas resolve levar seu corpinho magro e figurino retrô marcado por sandálias franciscanas, calça jeans boca de sino azul clara, camiseta amarelo mostarda de botões e mangas longas, colete vermelho bordô que passava da altura do bumbum, um óculos de sol onipresente, redondo e bem grande, além de muitas pulseiras e colares, -onde ela ia mesmo?- à padaria. Após comprar uns cigarros e sei lá mais o que, finalmente, pergunta ao vendedor.

- Moço, que dia é hoje?
- Hoje são 23 de abril.
Ele a olha dos pés à cabeça, e prossegue:
- Queres saber o ano também?!
- ...!!!

Só pra descontrair, rs. Tá, o que queria dizer é que:

1. Esqueci que a viagem pra Sao Paulo era já na quinta (!).
Fiz a mochila apressada antes de ir ao trabalho no jornal, do qual só saí às uma e meia da matina, direto pro aeroporto. Mas ok, isto é só um gancho pra falar da volta a Sao Paulo mesmo, hehe.
Era manhã ainda quando Otto foi nos buscar com Lincoln, estavam cheios de histórias e aventuras que foram contando durante o típico engarrafamento paulistano (bem-vindos! - dizia a cidade)! Apesar do pouco tempo, conseguimos ir ao bairro da Liberdade (eu e alex) e na casa do Carlini (helu).
As 17h estávamos no Sesc pra passar o som, uma equipe foda nos recebeu e deixou tudo belezinha no palco - valeu!! Além do Coisa Linda Sound System (AL), que tocou antes da gente (os conhecemos durante a tour no Nordeste), rolou no mesmo horário o show da Bebel Gilberto, que só pudemos espiar em sua passagem de som.

No Sesc Pompéia, participação do Chicão

Nosso show foi muito divertido (apesar do meu resfriado)! Inclusive, tivemos finalmente a participação do nosso querido amigo Chicão (vocês já devem saber de quem se trata, é um dos nomes mais citados aqui, depois do Lincoln!), tocando conosco " Cabine 103" - que por acaso ficou mais liga-torta-bad-trip-ao-cubo, louquíssima!
Revemos muita gente bacana e conhecemos um pessoal massa, um deles foi o Jacaré (que faz iluminação da banda Eletrogroove, do Chicão), que gravou o finalzinho do show, quando voltamos pra tocar "Soda", como bizz (ulha disk!).


Obs: um abraço ao Jacaré e ao divertido trio de amigos que chegou com gente no final do show, indignados por nossos cds terem terminado! haha!

2. Lá, fomos numa feirinha de antiguidades.
Heluana me acordou com a proposta de ir à feirinha que ocorre todos os domingos lá na Teodoro Sampaio, em Pinheiros. Ela já tinha me dito várias vezes, encantada, o quão delicioso era ir lá, e que combinava muito com a gente.

Chapéu: anos 20 (detalhe pro lado)/ anos 40 (detalhe pra frente)

Num dos stands, meu corpo paralisou. Um batom vermelho numa boca fina de dentadura amarela falava aos clientes sobre seus produtos - rapidamente se faziam platéia: ela vendia utensílios da Segunda Guerra. Aquele rosto não precisava de expressões -tão drásticas eram suas rugas-, emoldurado por secos cabelos brancos em chanel, com rala franja; seu óculos de grau era gateado e com aros grossos, tipo de madame francesa; o casaco pesado, branco com uns pontinhos pretos, suavizavam a dificuldade dos seus gestos.
Olhei pra Helu e ela me encarava, rindo da situação. Não precisávamos dizer nada: aquela senhora nos lembrava um filme que gostamos muito, uma animação francesa chamada Bicicletas de Belleville! Não é raro nos encontrar cantarolando por aí "J' veux pas finir ma vie à Accapullllllllcoooo "!
Pra quem não conhece e pra quem quer relembrar, aí vai:


Por toda quadra o mofo bem cuidado das máquinas fotográficas, filmes, telefones, rádios, instrumentos, quadros, posters, fósforos, máscaras, livros, acessórios, óculos e roupas, me encantavam - como suspeitei que fosse acontecer. É, realmente tudo combinava demais conosco, exceto com nossos bolsos!
O que pudemos fazer, então, foi levar tudo na memória e tirar essa fotografia acima, inspirada na vovózinha. =]

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O dia em que a terra parou!


Foi hoje ao chegar na frente da casa dos Baptistas, onde cresceram Sérgio Dias e Arnaldo Baptista do Os Mutantes, a casa quase abandonada fica na rua Venâncio Aires 408 na Pompéia (SP).

Como fez sol hoje em São Paulo mesmo estando no inverno paulista, e tendo sonhado com Arnaldo e perturbado a Mari Soldi o dia inteiro pra tentar uma visita ao grã-mestre, resolvemos ir andando do Perdizes até à Pompéia pra pelo ver a casa “mágica” onde moraram os Baptistas. Eu, Sady guiados por Chicão (Estúdio Lamparina) saímos ao encontro do “fim do arco-íris”. Sacamos que era muito mais perto do que pensávamos usando o google maps (amigo inseparável do paulista) logo chegamos no endereço.

Nos deparamos com um prédio azul, quase em ruínas, e por segundo quis não acreditar que seria a casa, ficamos olhando os números das casas em volta, e o Chicão resolveu perguntar pro tio do bar...”é aqui que é a casa da Família Baptista?” aê o tio responde: “Não, essa casa era da Rita Lee!” ... ficamos meio triste e metade felizes...e atravessamos a rua pra fazer umas fotos, e como na espera de “Rita” no portão aparece um tio cabeludo que passa com uma sacola com 6 cervejas e diz: “Fazendo fotos da casa né?!”...não entendemos muito e seguimos a louvação ao prédio, ele volta e pergunta: “Vocês são músicos?” com a resposta afirmativa dos três, ele pergunta de qual banda, ae o Sady responde: “Somos do Mini Box Lunar” e cara responde (causando susto)...”eu conheço a banda de vocês! É uma que tem 2 meninas no vocal né?” ae a gente responde que sim, exatamente...ele diz: “Que legal, eu sou Luiz Carlini do Tutti Fruti...” pausa para puxar o fôlego, e se segurar pra não tremer (coisa que o Sady claro não conseguiu) e nesse momento tudo ficou mais ensolarado!



Perguntamos primeiro o que ele tava fazendo ali na rua e depois se era a casa da Rita Lee mesmo...ele responde dizendo: “Eu moro aqui no lado, essa é a casa dos meninos, e ali na frente era do Made In Brazil...essa rua é a mais rockinroll do Brasil cara!”...rsrsrs...quase choro de verdade, fiquei chocado com tanta coincidência, fomos andando, o Chicão passou no banco antes, comemos besteira na rua, e no momento exato tudo acontece como se fosse marcado...

Na conversa que foi ali no portão dos “Mutantes” ele conta que a casa perdeu muito das características originais, que pessoas ocuparam alguns cômodos e que hoje é cheio de quartinhos, quase um cortiço. Mas fez questão de lembrar coisas da época sessentista, do tempo em que todos passavam por lá, pra tocar, pra ver e comprar peças do Claudio César, e vivenciar aquele ambiente transformador, mesmo eles não percebendo isso.

Em pouco tempo conversando ouvimos várias história que nunca ouvi em entrevistas, em biografias, não sei se li todas, mas não recordo do amplificador de baixo de concreto, da guitarra do Ségio Dias sendo tocada e a rua toda ouvindo no rádio e pirando com a nova invenção do Cláudio, e de como era prazeroso pro Carlini ser roadie dos “meninos” mesmo que na época não existir o termo “roadie” ...”na verdade eu não lembro como se chamava roadie...rsrs...” diz ele sorrindo e olhando para trás dos ombros do Chicão...como se estivesse vendo o fluxo de pessoas no estudio e na rua...que era movimentada sim.

Ficamos mais uns minutos olhando a casa, não deu coragem de entrar porque vimos pessoas saindo e fechando o portão...Luís Carlini ainda disse que vai muita gente lá ver a casa...”Eles até levam pedaço do muro cara!” mas ele pouco fala com essas pessoas, no entanto, gostou de ver músicos que curtem a mesma coisa que ele, e que também estaria esperando um Ep do Mini Box Lunar. Na ocasião, aproveitamos e convidamos pro Show do SESC Pompéia, ele com um ar de “não to muito disposto” disse que seria meio difícil ele ir, mas que está esperando a gente retornar e levar o Ep pra ele escutar, pois conhecer a banda ele já conhece da internet, e gostou muito...aê é de balançar as pernas, se emocionar muito, numa tarde de sol num inverno,

Carlini andou uns metros conosco, parou na frente do portão de sua casa, disse que aquele era o lugar pra chamar ele quando retornássemos, reclamou do transtorno na rua devido a algumas construções, riu disso, puxou a chave do bolso, abriu o portão e disse: “...minha casa ta bagunçada, e não seria legal apresentar nesse estado, mas tragam o cd, vou esperar...”

Emocionado, feliz e esperando o dia amanhecer pra levar o Ep.

...claro que ao chegar novamente em São Paulo, a Helô fez questão de ir lá...entregamos o cd pro pai do Carlinni, conhecemos a mãe dele também, e esperamos uns minutos, ae depois nos disseram que ele havia saído pra ver um som e talvez demorasse. Valeu muito essas visitas, de ir num lugar mágico de verdade, com um clima de rockinroll até hoje, e com tudo o que passa na cabeça, com o pensamento naqueles dias de festa na rua "mágica" e de toda a contribuição que os Mutantes, Tutti Frutti, Made in Brazil e outras bandas que moraram, criaram, e permanecem nos muros, portas, no clima, na nostalgia do tio da venda, do Luiz Carlinni (que mora no lado e que é tambem parte da história) e dos outros moradores da "Liverpool brasileira" que no final das contas, é muito mais simbólica e importante do que a Liverpool, é nada mais nada menos que a Venâncio Aires, em especial a casa de número 408.

Abraços!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Uma tarde na frutífera


Fomos na USP hoje à tarde, Chicão foi resolver uns lances e aproveitamos pra conhecer o bloco da História/Geografia. De Cara, é o susto natural de quem não conhece o campus, é uma cidade universitária mesmo, é o primeiro campus que conheço deste tamanho, só o da Unicamp que conheci com essa grandeza.

Logo na entrada do bloco de História/Geografia uma moça nos aborda com uma prancheta apresentando um projeto de cinema e pedindo pra tirar fotos, ela estava fazendo um mapeamento de pessoas com “cara de anos 70” para filmagens de um curta...rsrs...foi um “cartão de boas vindas” lindão. Claro que não pudemos fazer as fotos, pois no sábado retornaremos pra Macapá, e só o Chicão fez várias poses. Seguimos entrando prédio adentro, e vendo vários cartazes, stencil, faixas (é época de Congresso dos Estudantes da USP) e muitas pessoas em pequenos grupos. Fui para um onde é salão dos CA´s, e tudo ficou mais familiar. Era inevitável a lembrança de tempo de Congresso Estudantil, onde fui por 4 anos Coordenador de Cultura do CA da Federal do Amapá...Heluana também foi Dirigente do CA de Letras, e Alexandre em Ciências Sociais, num momento histórico para nossa Universidade. Tempo em que tínhamos contatos com todas as demais federais do país, e sempre participei dos congressos nacionais e regionais de Estudantes de História durante os anos que cursei (hoje com o curso trancado)...saudade mesmo, aprendi muito, extrai muitas coisas do ME, conheci várias cidades, várias pessoas e vários momentos históricos como a luta contra a ALCA, Fora FHC, vimos Lula se aliar ao PL e depois vencer as eleições, e de várias marchas, Fórum Social Mundial, e até sediamos um congresso Norte Nordeste em Macapá com uma equipe de poucos, e até hoje esse congresso é lembrado na federação de estudantes de história como um dos melhores.

Ao contrário do que muita gente pensa, o Movimento Estudantil Brasileiro sempre foi muito sério e aguerrido, muitos dos que viveram a mesma época do que eu e os meninos, continuam na luta em outras frentes, nós criamos o Coletivo Palafita, outros são Secretários de Cultura, ou foram para outros movimentos, como o MST, e outros.

Falando de MST, nessa semana contei um pouco da minha passagem pelo movimento pra Dani Amerê, numa conversa indo pro SESC Pompéia. Foi no MST que vi de perto o que é nascer com um compromisso com todos, de uma luta que não cessa por ainda ter muito pra fazer, vi que as adversidades são combustíveis pra avançar, e que toda luta onde se garante a diversidade é legítima. Foi um período de lapidação, e restauração do sentimento libertário, do entender a vida como parte de um todo, que muito mais importante.

Estamos perto de viver novamente uma outra Era de Aquário, e sentir aquele clima, já nos ambienta, é um lugar que ainda exala contracultura, que ainda se move por entre os ciclos, e disso não tememos, muito pelo contrário, estamos aqui, fazendo canções, trabalhado diariamente no CFE, pré-produzindo o cd do Mini Box Lunar, e na produção do Quebramar, e absorvendo toda essa energia limpa, de banco de estímulo, de vontade de dá o próximo passo.

Revendo um ambiente familiar e sabendo que muitos não conseguirão concluir o curso, outros se perderão pelo caminho e uma pequena parte será o pequeno grupo que da luta verá o retorno, sigamos juntos, vivamos esse novo momento na historia brasileira, onde as redes indicam um novo caminho, onde cada vez mais tudo se aproxima de todos, que seja a USP ainda um celeiro de gigantes tanto na produção cientifica quanto na luta dos movimentos sociais...agora e sempre...

...desculpem a emoção.

Abraços!

domingo, 23 de maio de 2010

Seguindo o conselho dos mestres...


por Otto Ramos


Nesse período de pós turnê nordeste e pré produção do disco, uma coisa que sempre ouvimos do Pablo, Alex Antunes e do Miranda foi: “Saiam mais um pouco! Conheçam a cidade, sintam o que ela mostra...isso ajuda muito no processo de construção do disco!” e por mais essa frase comum para bandas e artistas, pra nós o grande lance era ver São Paulo num “caleidoscópio” misturar todas as informações, posicionar uma de frente com a outra e absorver o máximo possível. E tem dado certo.


São Paulo também pra mim (que ainda estou cursando História na Federal e ex Pesquisador de Arqueologia Histórica...porque a bolsa se foi com essa temporada fora do Amapá..rsrs) é uma revisitação emocionante ao tempo de construção da nossa jovem democracia. Com suas ruas que proporcionam imagens fantásticas e em especial a ECA da USP onde o Mini Box Lunar fez um dos shows mais importantes da sua vida, num lugar carregado de energia militante e com um ar aguerrido que é transcendental, e isso claro que é bem vindo para nosso banco de estímulo dentro da rede também.

Outros lugares visitados, pessoas que conhecemos no Festival Fora do Eixo SP e RJ e os dias no nordeste numa das ações mais estimulantes que já construímos, e nesse retorno pra SP tivemos uma pausa na Pré produção do disco, passamos então a dedicar mais tempo ao Quebramar e ao nosso Congresso Regional, e com a ida do Alexandre, Helu e JJ para Macapá e Ppeu e Denize para Ribeirão Preto, eu e Sady passamos a sair mais com o Lincoln, e a andar um pouco mais pela cidade.

Mais uma vez fomos à um lugar indicado pelo Miranda – a Surreal Liberdade – e piramos nas ruas do bairro japonês/coreano as vezes mágico e lindo e as vezes bizarro! Fomos logo pro bizarro da coisa, e passamos horas procurando filmes trash japoneses, um em especial que o Sady viu metade em Belém porque metade da platéia abandonou a sessão e duas pessoas desmaiaram logo na primeira metade do filme! Rsrs...aê deu gás pra ir em todas as lojas de filmes e também nas banquinhas de camêlo da Liberdade. Na procura vimos tantas coisas malucas e interessantes, e as vezes engraçadas como um cartas em todos os postes de um “Caloteiro da Liberdade!” rsrs...o cara que “marcou” espalhou vários cartazes com a foto e uma frase de maldição! Hahah...muito engraçado!

Andando vimos o quanto eles são objetivos mesmo, um povo sagaz ao extremo! E com uma beleza artística, uma arquitetura bonita (até o banco é nos moldes japan city) no meio de tanto barulho e gente passando. Muito bonito, fácil de chegar lá, vale muito a pena comer por lá, conhecer todas as lojas..ah sim! Lembrei...vi um Nunchaco de verdade! Vários pendurados na porta de uma pequena loja...aê lembrei do tempo que eu fazia de cabo de vassoura e com corrente de metal! Hahah...Sady tb fez muitos Nunchacos fakes, Foi massa ver um de verdade assim como outros objetos como um chapéu vietcong que quase compro pra tocar no show do SESC Pompéia mas o preço me assustou...100 pilas não dá né!...”obrigado tio, queria mas nesse preço não posso...” rsrs.

Espero que vire música pro disco 2, e que tudo que vivenciaremos ajude tanto na banda quanto no processo de formação política dos Mini’s, e já dá pra cantar os versos vitoriosos de Tom Zé: “...São, São Paulo, meu amor...”

sexta-feira, 21 de maio de 2010

É nóis no: Cultura Brasil


Hoje saiu uma matéria sobre a gente no Cultura Brasil, super bacana! Além da gente tem uma sobre nossos ameguenhus do trio power mato grossense, o Macaco Bong (MT). Quem quiser dar uma conferida nas duas e quem sabe uma comentada, é só apertar aqui, oh : www.culturabrasil.com.br/colunas/abandadodia/flores-amazonicas-3

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Assim Macapá fica perto...

Por Otto Ramos

Durante os dias fora do Amapá (aproximadamente dois meses) encontramos varias pessoas que viveram em Macapá ou que são de Macapá e até aqueles que conhecem alguém na capital da linha do Equador.
Vamos nos assustar com tanta coincidência juntos:

1 – Durante a II Tour FDE Nordeste, em Aracajú (SE) casa do Virote Coletivo, depois do Show na Rua da Cultura, aparece um figura bêbado perguntando assim pra Helu:
- Onde tu mora mesmo?. Heluana responde:
- ...em Macapá
- eu sei, mas onde?
- no centro
- é...porque eu so do Laguinho!!! (Laguinho é um dos bairros tradicionais de Macapá)
- Laguinho??? Como assim? do Laguinho mesmo?!
- é sim, vocês conhecem o Diabão??? (Diabão é um maluco das antigas super conhecido da cena)
- Claro que a gente conhece!!!!
- pois é, digam pra ele que vocês falaram com o Sapo aqui em Aracajú!!!
Galera pirou geral, o maluco contou umas histórias deles, da época que piravam juntos nas rockadas em Macapá. Despedimos-nos do “Sapo” que foi falando que o universo é ao nosso favor!...muito mágico encontrar o maluco!

2 – Figura que foi com o Lewis no Mancha
Conhecemos o Lewis, que esteve no Brasil fechando o casting das bandas brasileiras para uma coletânea britânica. Convidamos ele pra ver nosso show na Casa do Mancha (SP). Ele foi acompanhado de uma Amapaense que trabalha no Instituto de Cultura da Claro e que conhece um grande amigo nosso, o cineasta Gavin, ...ela conhece o Gavin!!!! Caraca!!! E acreditem ou não, na hora em que ela falava sobre o Gavin, ele ligou de Macapá. Uma noite de surpresas mesmo!

3 – Contra regra da PlayTv que conheceu Breves!!!
Esse caso é mais surreal ainda. Se encontrar gente de Macapá é estranho imagina encontrar gente que passou por Breves (cidade pequena que fica entre o Amapá e o Pará no arquipélago do Marajó) lugar onde eu e Ppeu nascemos. Isso sim é de outro mundo, e o cara é contra-regra da PlayTv. Conhecemos o “Formiga” quando fomos gravar o Programa com a Bianca Jhordão (Combo: Fala + Joga).
Ele contou a experiencia dele num projeto que passou por Breves, um programa de incentivo à leitura, e até relembrou umas situações bem marcantes.

4 – Revendo amigos
No Rio, encontramos com a Bárbara, atriz macapaense que mudou pro Rio e outros amigos nossos. Ela estava passando pelo Circo Voador pra confirmar se realmente estaríamos tocando naquela noite (14 de maio)...e quando estávamos “dando uma de turista” e tirando foto no muro do Circo Voador (bacana ver pintado o nome da banda no muro do Circo Voador...quase a Helu chora né...rsrs)...a Bárbara surge por detrás dos Arcos da Lapa com um grito de saudade e surpresa...foi emocionante o reencontro que mais tarde rendeu em mais abraços coletivos. Encontramos os outros meninos (Wellington e Anderson) e o papo rolou mais depois do show do Mini Box Lunar.
Logo depois encontrei a Juliana (que trabalha no mesmo Instituto de Pesquisas Arqueológica que eu...ops que eu trabalhava...mas isso é outro papo). Ela viu todo o show no Circo, e morreu de orgulho do colega aqui...foi muito massa encontrar a Jú e os demais no Rio, na Lapa e no templo maior do Rockinroll brasileiro – o Circo Voador.

5 – Figura de Nova Friburgo que morou 4 anos em Macapá sendo professor.
Em Nova Friburgo durante o Festival Fora Eixo (RJ) encontramos o Marcelo que foi professor em Macapá e que passou 4 anos morando na capital. Conversamos bastante sobre as peculiaridades do Amapá e das pessoas que mudam pra lá, quase todos com o mesmo perfil. Ele viu o show, curtiu muito e nos convidou a retornar em Nova Friburgo quando iniciarmos as gravações do Disco...é claro que retornaremos lá! Cidade linda!!!

6 – Motorista do micro ônibus pra Nova Friburgo – Rio morou em Macapá e tem família residente no Amapá.
Ao subir no micro ônibus já retornando pro Rio, o motora pergunta: “é verdade que vocês são de Macapá?” claro que achei que seria só mais um susto de quem conhece a banda, mas o cara que assustou a banda dizendo que tem um irmão em Macapá e que também morou lá...rsrsrs...Sady até disse que já estava ficando com medo disso tudo!...rsrs.

Ficaremos fora de Macapá até o dia 29 de maio, vamos ver se ainda vai pintar mais um “camarada das terras do extremo norte” e se rolar, posto aqui.

Abraços!