Sampa é um turbilhão de informações, em um simples passeio por uma calçada, a Mini Box Lunar absorveu o impacto do que foi a Vanguarda Paulistana.
Descendo a Theodoro Sampaio (rua famosa por ser a centralização das lojas de instrumentos musicais em sampa), passo por um camelô de vendas de vinil e vejo:
“Clara Crocodilo”
O primeiro álbum lançado pelo compositor brasileiro Arrigo Barnabé e também o último a contar com a participação da Banda Sabor de Veneno, que ele havia montado para uma (polêmica) participação no Festival Universitário da Canção da TV Cultura de São Paulo em 1979. O álbum é considerado pela crítica especializada como o marco inicial da chamada Vanguarda Paulista e um dos mais importantes discos experimentais lançados no Brasil no século XX.
Uma dose exata da tradução do que é sampa.
Pois, ao lado de Barnabé, também despontaram nesta época a cantora Tetê Espíndola e o cantor/instrumentista Itamar Assumpção. Juntamente com os grupos musicais Premeditando o Breque, Língua de Trapo e Rumo, compuseram o que a imprensa logo denominaria como "Vanguarda Paulista", algo definido pela jornalista Marília Pacheco Fiorillo como um movimento "um tanto insolente, pouco afeito à utilização da música como jingle ideológico ou sentimental, de compenetrada formação musical e impecável senso do absurdo".
Sendo então saudado pela crítica especializada como o porta-voz da "terceira revolução" da MPB (depois da bossa nova e do tropicalismo), Barnabé encarnou o papel e declarou em 1981 "que depois do Tropicalismo o que tinha de acontecer é o atonalismo na música popular, que tinha de pintar uma coisa atonal". Isso porque os caras tinham chegado num ponto, mas não tinham rompido com Dai então a falta de interesse das gravadoras comerciais no trabalho dos "independentes" justificava-se pelo caráter "vanguardista", erudito (e pouco comercial) do trabalho desenvolvido pelos mesmos. Que acabou por se concluir no esquema “Independente por acaso“
Pois não foi um gesto deliberado de rebeldia ou de "resistência cultural" por parte de Arrigo Barnabé, como chegou a se pensar na época. O LP seria originalmente lançado pela gravadora Polygram como parte da série Música Popular Brasileira Contemporânea, dedicada a artistas novos. Todavia, devido a atritos entre o músico e a gravadora, ele teve de optar pela produção independente que foi realizada entre julho e setembro de 1980 no Nosso Estúdio de São Paulo, tendo por produtor Robinson Borba. O lançamento foi feito em 15 de novembro deste mesmo ano na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, mas o Departamento Federal de Censura só liberou a comercialização na última semana de dezembro.
Uma dose exata da tradução do que é sampa.
Pois, ao lado de Barnabé, também despontaram nesta época a cantora Tetê Espíndola e o cantor/instrumentista Itamar Assumpção. Juntamente com os grupos musicais Premeditando o Breque, Língua de Trapo e Rumo, compuseram o que a imprensa logo denominaria como "Vanguarda Paulista", algo definido pela jornalista Marília Pacheco Fiorillo como um movimento "um tanto insolente, pouco afeito à utilização da música como jingle ideológico ou sentimental, de compenetrada formação musical e impecável senso do absurdo".
Sendo então saudado pela crítica especializada como o porta-voz da "terceira revolução" da MPB (depois da bossa nova e do tropicalismo), Barnabé encarnou o papel e declarou em 1981 "que depois do Tropicalismo o que tinha de acontecer é o atonalismo na música popular, que tinha de pintar uma coisa atonal". Isso porque os caras tinham chegado num ponto, mas não tinham rompido com Dai então a falta de interesse das gravadoras comerciais no trabalho dos "independentes" justificava-se pelo caráter "vanguardista", erudito (e pouco comercial) do trabalho desenvolvido pelos mesmos. Que acabou por se concluir no esquema “Independente por acaso“
Pois não foi um gesto deliberado de rebeldia ou de "resistência cultural" por parte de Arrigo Barnabé, como chegou a se pensar na época. O LP seria originalmente lançado pela gravadora Polygram como parte da série Música Popular Brasileira Contemporânea, dedicada a artistas novos. Todavia, devido a atritos entre o músico e a gravadora, ele teve de optar pela produção independente que foi realizada entre julho e setembro de 1980 no Nosso Estúdio de São Paulo, tendo por produtor Robinson Borba. O lançamento foi feito em 15 de novembro deste mesmo ano na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, mas o Departamento Federal de Censura só liberou a comercialização na última semana de dezembro.
Cheguei nem a perguntar o valor dessa raridade. Mesmo que fosse barato (o que com certeza não era) eu só tinha dinheiro para uma aspirina. Terminado o passeio, seguimos rumo a USP, onde tocaríamos no Canil (veja o video no post anterior). Tocada essa, que foi descolada por nosso amigo Chicao, dono do Estúdio Lamparina, onde estamos hospedados.
Ao chegar na USP, encontramos o “broto“. “Broto” é um grande entusiasta da Mini Box Lunar desde o Festival Fora do Eixo edição SP, onde tocamos com o Maldito Jards Macalé.
Então, entre um papo e outro, eis que broto se inflama e diz:
Então, entre um papo e outro, eis que broto se inflama e diz:
Putz bitchooo, vocês seres amazônicos providos da descontruçao natural tem que entrar em contato com o Clara Crocodilo, pô!!! Seria mó barato fazer essa “relasong“ da desconstruçao concretista proposta pelo Arrigo e da desconstruçao Natural trazida por vocês.
E conclui:
Andem pelas calçadas quebradas bicho, as rachaduras de sampa tem muito a contar.
Relasong`s beibe...
Ouça do álbum “Clara Crocodilo“ a música “Diversões Eletrônicas”, que foi a Vencedora do Festival Universitário da Canção (1979).
Ouça também a banda do nosso amigo, Broto: www.myspace.com/mudshark
E (só pra não dizer que não falei de flores, rsrs) ouça Mini Box Lunar: www.myspace.com/miniboxlunar
Um comentário:
ae, blog novo, tá bunitin demais gente. Eu perdi o show em sampa, mas não se preocupem, cês continuam no meu mp4. (:
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